Tensões entre China e Estados Unidos e a agenda climática internacional
Encaminhamento da agenda climática e papel dos países, que lideram as emissões de gases do efeito estufa, foram discutidos em reunião
O representante dos Estados Unidos na pauta climática, John Kerry, e o chanceler chinês, Wang Yi, realizaram reunião, em 1 de setembro de 2021, para tratar sobre a agenda climática e a cooperação entre Estados Unidos e China nessa temática – países que são líderes globais em emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Enquanto a China alega que seus esforços em adotar matrizes energéticas mais limpas são parte essencial de suas metas para reduzir emissões, os Estados Unidos questionam a ampliação do uso de carvão pelo país asiático – que promete redução do uso apenas em 2026, – e o consequente reflexo no desafio global de combate à crise climática.
Relação geopolítica dos países
A relação entre as potências no combate ao aquecimento global foi definida como um “oásis” pelo chanceler chinês, com a ponderação de que as tensões políticas entre os países com relação a outras pautas – como a restrição dos Estados Unidos imposta em junho de 2021 à importação de painéis solares fabricados na China – poderiam acabar por afetar a harmonia e cooperação existentes para o combate às mudanças climáticas. Kerry retrucou, em entrevistas concedidas às mídias locais americanas, afirmando que o clima não é tema ideológico ou partidário, mas sim algo tangível que afeta o mundo todo.
A China e os Estados Unidos, como líderes globais em emissões de gases de efeito estufa, possuem grande responsabilidade na agenda climática global, sobretudo para o atendimento dos compromissos assumidos no âmbito do Acordo de Paris.
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*Com colaboração de Anna Carolina Gandolfi, Bernardo Andreiuolo Tagliabue, Danielly Pereira, Maria Eduarda Garambone e Mariana Diel.