Conheça os vencedores do 1º Desafio de Acesso à Justiça, promovida pelo Instituto Mattos Filho
Com mais de 130 inscritos, o projeto busca reconhecer, premiar e incentivar iniciativas de acesso à justiça no Brasil
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O Instituto Mattos Filho premiou os vencedores do 1º Desafio de Acesso à Justiça. Com mais de 130 inscritos, o projeto busca reconhecer, premiar e incentivar iniciativas de acesso à justiça no Brasil, viabilizando, assim, o fortalecimento da cidadania, da democracia e dos Direitos Humanos. “Incialmente, imaginávamos ter entre 30 a 40 inscritos e, no fim, foram aproximadamente 140 entidades de quase todos os Estados do Brasil. O prêmio é uma forma de colaborarmos com essas instituições. Temos muito o que comemorar!”, comenta Flavia Regina de Souza Oliveira, sócia do Mattos Filho e uma das diretoras do Instituto Mattos Filho.
Maré de Direitos
O projeto vencedor, realizado pelo Redes da Maré (RJ), oferece atendimento sócio-jurídico para os moradores do complexo de favelas da Maré. Edson Diniz Nóbrega Júnior, diretor da instituição, diz que a premiação irá viabilizar a consolidação do trabalho realizado por eles. “Ter um instituto como o Mattos Filho reconhecendo o nosso trabalho é muito importante e dá credibilidade para uma atuação como a nossa”.
A segunda premiação foi para o projeto Reapropriação de Territórios Tradicionais da Região do Alto Rio Pardo pela via da Ação Popular (MG), realizado pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, que pretende ampliar a utilização de instrumentos políticos/jurídicos na busca pela retomada das terras da região. “O recurso vai nos ajudar a seguir com nossas iniciativas de assessoria jurídica gratuita. Vemos esse prêmio como um reconhecimento pelo trabalho que fazemos há muitos anos”, comenta Eliseu José de Oliveira, diretor da instituição.
O Transpasse, realizado pela Clínica de Direitos Humanos da UFMG (MG), que amplia o acesso de transexuais e travestis à justiça, ficou com o terceiro lugar. Para Júlia Vidal, coordenadora jurídica do projeto, a premiação mostra que o trabalho tem impactado de forma significativa a vida de muitas pessoas. “A ajuda financeira vem em ótima hora. Agora, teremos fôlego para alçar voos mais altos”, comemora.
Ary Oswaldo Mattos Filho, sócio-fundador do Mattos Filho e conselheiro do Instituto, ressaltou a importância social do desafio. “A ida a juízo no Brasil é cara e lenta e é nesse contexto que o prêmio faz todo sentido. Com ele, buscamos encontrar mecanismos mais inteligentes que possam superar as dificuldades de acesso à justiça por pessoas menos favorecidas”, afirmou.
O prêmio de R$ 100 mil, inicialmente, foi ampliado pelo Instituto Mattos Filho para contemplar mais projetos. Os três vencedores dividiram o valor, sendo R$ 60 mil para o primeiro colocado, R$ 50 mil para o segundo e R$ 30 mil para o terceiro, com um total de R$ 140 mil distribuídos. As quantias poderão ser utilizadas na execução dos respectivos projetos apresentados que promovem o acesso à justiça e a cidadania.